Crónicas de uma Merda qualquer
segunda-feira, 29 de julho de 2013
terça-feira, 23 de julho de 2013
A minha verdadeira verdade sobre a crise em Portugal.
Se o Mundo fosse uma aldeia, Portugal
seria um sem-abrigo que dorme numa casa de papelão no chão da
calçada.
O resgate do FMI seria um nobre cidadão
que imprimiria notas em casa (com uma impressora e papel normal) e
que de seguida emprestaria esse dinheiro virtual em formato de
"ajuda" ao sem-abrigo. O memorando de entendimento seria
algo que previa o resgate da casa de papelão do sem-abrigo como
garantia de pagamento, assim como as calças, a camisa rota, os
sapatos e todos os dentes da boca. A casa resgatada era depois
vendida ao todo poderoso farrapeiro (compadre do nobre), que a
triturava e voltava a vender ao peso, o restante "material"
resgatado teria destino semelhante.
Neste ponto da analogia o sem-abrigo
passa a dormir literalmente no chão, está nu, sem dentes e
descalço. Para além da miséria que já tinha e a nova que acabou
de adquirir, tem agora a divida e os juros da divida para pagar.
O nobre como sinal de boa fé daria
"emprego" e regras de conduta ao sem-abrigo ao qual
pagaria com mais dinheiro impresso em sua casa na sua impressora
banal, gerando assim um ciclo vicioso de mais fome e miséria, aquilo
que eu chamo de:
ESCRAVIDÃO CRÓNICA E IRREMEDIÁVEL
Parece mau demais para ser verdade, e é
só por isso que ninguém acredita.
Acorda Portugal!
Nuno Almeida
23/07/2013
sábado, 20 de julho de 2013
Olha para ti,
(Desenho: João David Foto e & texto NunoSioux)
Olha bem para ti, precisas de uma casa gigante, um carro para ti e para os miúdos quando fizerem 18, uma tv gigante na sala, mais 3 ou 4 fininhas espalhadas pelo quarto, milhões de canais e a Sporttv. Uma internet de velocidade nasa, para alimentar os Pc´s de toda a gente, mais o fixo, mais os androids que toda a gente tem, a internet na tv.
Precisas de trabalhar mais para chegar a todos os gastos, trabalhas mais horas, vez menos os teus filhos e normalmente arranjas alguém que os ature. Depois eles crescem, frios e sem princípios querem tudo de mão beijada e quando tu fores velho põe-te num lar.
Tens uma vida ridícula de trabalho e consumo.
Tudo o que compras desactualiza em poucos anos, portanto este ciclo absurdo será sempre o mesmo, mas passas a vida a dizer,
"É só uns anos, até equilibrar"
A verdade é que nunca equilibras e um dia já não acordas porque estás morto.
Valeu a pena?
Olha bem para ti, precisas de uma casa gigante, um carro para ti e para os miúdos quando fizerem 18, uma tv gigante na sala, mais 3 ou 4 fininhas espalhadas pelo quarto, milhões de canais e a Sporttv. Uma internet de velocidade nasa, para alimentar os Pc´s de toda a gente, mais o fixo, mais os androids que toda a gente tem, a internet na tv.
Precisas de trabalhar mais para chegar a todos os gastos, trabalhas mais horas, vez menos os teus filhos e normalmente arranjas alguém que os ature. Depois eles crescem, frios e sem princípios querem tudo de mão beijada e quando tu fores velho põe-te num lar.
Tens uma vida ridícula de trabalho e consumo.
Tudo o que compras desactualiza em poucos anos, portanto este ciclo absurdo será sempre o mesmo, mas passas a vida a dizer,
"É só uns anos, até equilibrar"
A verdade é que nunca equilibras e um dia já não acordas porque estás morto.
Valeu a pena?
terça-feira, 16 de julho de 2013
Intigamente é que era!
É
daquelas coisas que me fazem saltar a mola do dispositivo cerebral,
quando as pessoas me justificam com uma estupidez do passado para
defender uma estupidez continuada no presente, tipo ir ali ao baú do
tempo e sacar um pack de velhos costumes.
"Antigamente
em Portugal não havia Inem, ia só um na Ambulância e ninguém
morreu por causa disso!"
isso
provoca em mim uma reacção química que me vai do cérebro à boca
e me faz responder
"Por
acaso morreu, mas não foi o teu filho, só por isso não entendes"
Há
tanta gente a meter água neste canteiro que talvez por isso fale
muito em água propriamente dita; tento sempre meter na cabeça das
pessoas que a água da torneira não é assim tão boa ,e, que em
certos sítios como Leiria (por exemplo) chega mesmo a ser 1/2
lixívia 1/2 lama.
Lá
vão eles ao baú e:
"A
gente sempre bebeu desta água e nunca morreu, e é por isso que bebo
vinho!"
Respiro
fundo e respondo:
"O
meu Avô sempre fumou e está vivo"
Continuei
"Posso
acender um cigarro?"
Sentei-me
no sofá do velhote, acendi o cigarro, bebi um copo de vinho
carrascão e falei sobre a madeira da pipa. Afinal de contas estava
em Portugal,
deixei-me
estar
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Origem do "Eu"
Ai o que as minhas marés me chateiam
Quero sempre tudo sem querer nada
Ora planeio conquistar o mundo
Ora estou pronto a desistir
A prova de ser Humano é a coisa que mais me irrita, e a cada vez que levo na tromba um estalo dos meus limites caio sempre com estrondo a seguir.
Precisei de meter os dedos na ficha para sentir a electricidade precisei de mandar o quadro abaixo até acender o primeiro interruptor. Sempre fui um gajo de falhanços, falhanços, falhanços, para vencer a seguir.
Descobri que a pedra é mais rija do que eu quando me partiu a cabeça duzentas vezes, as outras vinte foram testes conclusivos.
Cair para crescer
Sofrer para escrever
As vezes acho que sofro o mal do poeta ... Que não sabe mesmo sobre o que escrever.
NunoSioux 2013
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